Xoves. 25.04.2024
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O brasileiro José Guedes estrea en España a súa exposición na galería Manolo Eirín

Exposicion de Jose Guedes na Galeria Eirin de Carballo
O brasileiro José Guedes estrea en España a súa exposición na galería Manolo Eirín

Hoxe, xoves 1 de xuño, ás 18:00h, a Galería Eirín (Rúa Estrela 17/19, Carballo) inaugura a nova exposición que lucirá durante todo o verán. “Fénix” é a expo do artista brasileiro José Guedes, comisariada por Nilo Casares (1963, A Coruña).

Guedes sitúase no movemento MADÍ, de orixe arxentina e de pouca repercusión en España, que dá moita importancia ás tensións que se establecen dentro das obras, tamén cos lugares onde se sitúan, para potenciar os seus eixos xeométricos e privilexiar o autorreferencialidade. Proba da vitalidade deste movemento, que se remonta á publicación de “A revista Arturo” en 1944, dirixida polo uruguaio Carmelo Arden Quin en Bos Aires, é a exposición Fénix. Unha serie que se presenta como estrea en España, porque presenta o xeometría á figura máis extrema ilusionismo, demostrando que non hai territorios exentos da ironía, como aparecería no caso da abstracción xeométrica, pola súa independencia extremadamente libre de representación.

Coa axuda do galerista, lemos as palabras do brasileiro:

P. O que diferencia estes novos trabalhos dos seus anteriores, como você começou com esta série e quando?
R. Esta série, que teve início em 2019, eu diria que é um resumo da minha trajetória artística que neste ano de  2023 completa 50 anos, pois, contém em si a minha busca de expansão das questões relacionadas à fotografia, à pintura e à escultura.

P. Qual é a ligação temática ou formal da seleção de obras da exposição?
R. O início desta série, ou do processo de trabalho dela, se deu com a apropriação de uma obra de Mondrian. Em seguida várias pinturas de outros artistas construtivos foram sendo incorporados ao repertório depois ampliado com obras de artistas de todos os universos  da arte desde  o Renascimento  até a contemporaneidade. Nesta exposição na Galeria Manolo Eirin, o foco principal foi a vertente originária, ou seja, o construtivismo geométrico
 
P. Por que o título de Fênix...?
R. Esse título foi dado pela crítica e historiadora de arte egípcia (naturalizada paulista) Daniela Bousso, que foi a primeira pessoa a escrever sobre este trabalho. Faz uma alusão à ave mitológica Fênix que renasce das cinzas, assim como essas obras renascem de uma simbólica destruição. As obras originais são amassadas, ação comum ao ato de destruir, e reconstruídas a partir desse mesmo ato. A destruição está no cerne do processo de composição, de reconstrução, do renascer.
 
P. Qual o papel do apropriacionismo nesta série de trabalhos?
R. A História da arte é tema recorrente na minha produção artística, sobretudo nos últimos anos. As “apropriações” são livres, complexas e mesclam homenagens e questionamentos. Às vezes são sutis e às vezes mais diretas, mais evidentes, como no caso desta série Fênix, onde as intervenções, as manipulações, tem como base obras claramente definidas. Acredito que a força dessas obras esteja exatamente desta ação radical de amassar uma obra geralmente icônica, ato esse seguindo parâmetros também radicais de composição enfatizado pelo fato de ser um trabalho bidimensional que gera uma tridimensionalidade ilusória.

P. Como você definiria para si o que é criação artística?
R. Essa é uma questão muito complexa, de difícil definição. Acredito que um dos princípios da criação artística seja a abstração ou transcendência da realidade em função de um discurso que se encerra no escopo da proposição de cada obra. Seja ela abstrata ou figurativa, seja em que mídia for.

P.  Nomeia alguns de seus artistas de referência que você gosta, sejam clássicos ou contemporâneos.
R. Sem impor uma ordem cronológica ou de relevância na minha formação como artistas, seguindo apenas o fluxo da memória, eu citaria, entre muitos outros: Giotto, Fra Angelico, Turner, Velázquez, Caravaggio, Mondrian, Max Bill, Morandi, Bill Viola, Gary Hill, Felix Gonzalez-Torres, Paul Klee, Joan Miró, Picasso, Matisse, Félix Vallotton, Yves Klein, Piero Manzoni, Andy Warhol, Cildo Meireles, Antoni Tapies, Robert Ryman, Joseph Beuys, Josef Albers, Donald Judd..etc.

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